sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O tempo.

  Sem sombra de dúvidas, o tempo é a parada mais filha da puta que existe. Desde que começou a ser metrificado (Quem fez isso não deveria ganhar méritos, mas sim pedradas na cara) coisas muito bizarras acontecem. Por isso digo, repito e com prazer: Ele é sim uma coisa muito, mas muito filha da puta mesmo para nos causar constrangimento e nos botar em situações muito ruins. 

  Imagine você, dileto leitor desta casa de senhoras, um trabalhador nato assalariado que pega aquele maldito ônibus todos os dias lotado, cheio de ouvintes de funks e pessoas se espremendo decide dar uma pequena esticadinha. Claro, é dia de quarta-feira e você, louco para ver o seu time ganhar, desperdiça aqueles míseros minutos para ver, no final do segundo tempo, o filho da puta do goleiro cometer um frangaço e deixar o time na mão (Tudo bem, não vou mencionar o Corinthians de novo). Com certeza você vai para cama puto (mesmo se sua mulher estiver nua e pronta para dar você vai broxar, tenha certeza) e na manhã seguinte ainda mais puto por levantar da cama com um puta sono. Para completar, quando isso acontece algo chama mais desgraças. O ônibus atrasa (Mais um motivo para achar que o tempo sem dúvidas é o senhor da filha da putice). As pessoas lá dentro se espremem, entrando pelas janelas e fazendo você suar feito um porco e se sentir, literalmente, em uma latinha de sardinha humana. No trabalho, aquele seu chefe gordo, lazarento e sem noção te chama para a sala dele, te arranca as córneas por chegar atrasado e ainda aponta o dedo na sua cara, dizendo que o seu time perdeu e que estará despedido se continuar chegando atrasado desse jeito só para ver desgraças na televisão. E para completar esse ciclo sua mulher em casa ainda reclama por uma hora, dizendo que você não dá atenção a ela. Certamente essa pequena introdução dos fatos é apenas uma forma de ver os lados destrutivos do quão filha da puta é o tempo.

 Seu time se fudeu!

  Para as mulheres, o tempo sem sombra de dúvidas é algo realmente marcante. Para análise dos fatos, peguemos aquela ingênuna menina de 5 anos com cabelos loiros, uma menininha com futuro promissor (inclusive como panicat). Todos chamam ela de gracinha, pegam nos cabelos dela e elogiam os pais por ter uma menininha tão jovem e feliz. Aos 17 , os meninos começam a correr atrás dela (Se não já fizeram antes), seu corpo começa a ficar mais desenvolvido (Leia: Começa a criar peitos, a bunda cresce. Fica quase no ponto). Aos 20, já está na universidade. Sem sombra de dúvidas namorando um cara (Provavelmente motorizado) com tudo em cima (Sem pelancas, sem peito caído. Pronta para o abate masculino), mas o tempo, o tempo é cruel. Ela casa, tem filhos e a gravidade toma conta do resto. O que era peito agora vira barriga, tornando o corpo totalmente pelancudo e uniforme (Ou seja, pelanca, gordura e varizes). Depois dos 40, se não tiver casada vai ser apenas mais uma titia, cuidando dos sobrinhos que os pais irmãos (Que, apesar do tempo e da igual destruição, ainda conseguem catar as novinhas) tem e quase sem nenhuma perspectiva de casar, visto pelo ponto estético (Não que esse seja o ponto mais importante, mas...). Ainda tem aqueles produtos milagrosos, que dizem curar as varizes e espantar as destruições do tempo apenas pelo seu uso, mas comparando ao que era antes (uma de 20) não gera o efeito comparativamente igual.

 Resultado dos produtos milagrosos. 

  Claro que, falando em tempo, não iria esquecer os nossos queridos casados. Para aqueles que, por pura e espontânea (pressão do pai da garota) vontade decidiram juntar os trapinhos com sua amada e constituir uma família, com real pretensão de fazer suas crias evoluirem e terem suas famílias também, além de sua felicidade pessoal mal sabem o que o tempo os reserva. No início é meu amor, no meio é faça meu jantar e no final é aquele maldito traidor filho da puta. Na convivência, no início é sempre tudo muito bom. O marido chega todo romântico, abraçando e cheirando a esposa que o aguarda, depois de um árduo dia de trabalho. Depois de comerem aquele jantar preparado geralmente por ela, vão a televisão e sempre compartilham o controle, trocando beijos e carícias que se transformam em uma noite de sexo selvagem e xingamentos de prazer na cama. Ele até abdica alguns dias de bebedeiras e futebol com os amigos para dar atenção ao que ele chama de eventos sociais da esposa (Onde, geralmente, ela junta um bando de familiares decadentes na casa de alguém para conversarem merda durante algumas horas). Depois de um tempo, o marido chega cheio de questionamentos (Cadê meu jantar? / minha cerveja ta na geladeira?). Na hora de compartilhar o controle, estudos afirmam que em cerca de 100% das vezes os homens certamente vão querer assistir o jornal ou futebol que está passando na televisão, mandando a mulher fazer algo mais produtivo (tipo tricotar, para não falar outra coisa). Na cama, você pode ouvir os xingamentos de prazer da mulher falando do quanto aquele filho da puta consegue tão rapidamente virar para o lado e dormir, deixando ela literalmente na mão (ou no dedo). Já no final da convivência, eles já dormem em quartos separados. Já pensam em como irão dividir os bens quando se divorciarem ou quem vai ficar com as crianças e sempre estão se alfinetando. E dizem ainda que o amor une as pessoas.

Faça meu jantar!

  Existem também certas situações embaraçosas que lidam muito com o tempo. Imagine você, caro estudante, cara batalhador, que dá duro para conseguir um emprego digno e um futuro melhor e estuda pra caralho (Estudos apontam para cerca de 10 minutos por dia) está naquela maldita semana de provas, onde os professores mais chatos e filhos da puta querem ver o seu oco por ter babado de tanto dormir nas aulas dele. Nesta semana, assim como nas outras, você se dedica bastante (Fazer cola, trocar a prova sem ver...) mas na hora de começar a prova você, que estava ocupado (fazendo porra nenhuma) estudando, começa a sentir uma coceirinha lá no rego. Parece que, de súbito, uma coisa negra está para sair de você (literalmente). No início, o tempo não parece nada mais do que um detalhe, mas com o decorrer da prova essa coisa começa a literalmente por as garras de fora. O suor pinga da sua testa e sua concentração, ávida em não deixar nada sair de dentro de você, tenta ler as letrinhas embaralhadas da prova e compreender o que está ali. Mas imagine você, depois de 1 hora e a mais de 1 hora de casa, tem de concentrar todas as suas forças anais no sentido de impelir para dentro aquela maldita caganeira que está sentindo enquanto, tentando deixar suas mãos não trêmulas e seu semblante firme, tenta chutar o resto da prova que não conseguiu entender, muito menos conseguirá colar. Assim que sai da prova você, dileto amigo estudante que está a beira do suicídio anal e correndo feito para o banheiro feito um pinguím, descobre que no banheiro da escola existem litros de xixi envolvidos em uma crosta de sujeira tão virulenta e vil que só de cheirar dar nauseas. Por fim você, mesmo fazendo todo esse esforço humano, decide ir para casa, mas antes tem sempre aquele seu amigo chato. Ele chega em você, dá uns três tapinhas fortes na sua barriga perguntando como está sua família, seus outros amigos, sua namorada (mesmo que você não tenha uma) e tentará de todos os modos te prender para ficar falando alguma coisa na escola enquanto o tempo passa. Nisso, você já está amarelo, o suor já pinga iminentemente da sua testa e seu semblante é igual ao de uma pessoa que está prestes a chorar. Se você tiver sorte, ainda poderá chegar em casa com uma topeira saindo do buraco (isso se tiver sorte). 

Eita tempo filho da puta!

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