segunda-feira, 25 de junho de 2012

Anal-lise- Uma abordagem pós-contemporânea dos excrementos musicais da MPB atual.


Não poderia estrear esse novo post sem ela,a Garota de Ipanema do séc XXI,o hit que é uma poesia para colocar poetas românticos e simbolistas no limbo.Como se isto não bastasse,também tem deveras influências filosóficas. Um clássico,vamos para Anal-lise :
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Nossa, nossa
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

- Como constante na letra da “Música”,o nosso “poeta” demonstra aqui a sua influência de poetas do séc XIX. Byron e Baudelaire influenciam no sentimento ultra-romântico que ultrapassa o limiar da vida humana. Alguns pseudo-críticos afirmam que o trecho trata-se da pandemia aidética. Mas você,culto leitor,não se engane !

Delícia, delícia
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

-Perceba,mais uma vez,o medo de amar,tão presente nos poetas do mal-do-século.Aqui,a autor deseja só e somente só tocar a sua intocável amada para a redenção do seu espírito. Presença de sinestesias e aliterações.

Sábado na balada
A galera começou a dançar
E passou a menina mais linda
Tomei coragem e comecei a falar

-Belo trecho ! Referências são para poucos. A condição social Brasileira dá o tom do verso com rima ABAB,na qual as “Baladas” -festas com presença de balas perdidasque ocorrem nas favelas do Rio de Janeiro foi o local onde ele encontrou sua “Marília de Dirceu”. Esse trecho,é nada mais nada menos do quê uma refuta aos ideais deterministas de Hypolite Taine,pois,é a primeira vez  na literatura universal que sua amada é uma favelada.Um clássico para os anais (sem trocadilho) da música nacional!

Nossa, nossa
Assim você me mata
Ai se eu te pego, ai ai se eu te pego

-Por fim,nosso poeta enfatiza sua influência ultra-romântica.Em um monólogo à la Hamlet de Shakespeare vemos a morte,transcendência espiritual como única solução para a dor de não poder ter sua amada intocável. Sem dúvida uma grande obra que deveria ser lida por todos que amam a poesia.

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